Um jovem lenhador vivia na orla de um bosque, a esposa tinha falecido ao dar à luz, agora ele esta sozinho com o seu filho de tenra idade e uma raposa que tinha encontrado no bosque, e que tinha adoptado ainda era uma cria, a sua mãe tinha sido morta por caçadores.
Tinha chegado o Outono era altura para ir cortar a lenha para fornecer a Aldeia, mas não tinha ninguém para tomar conta do seu filho, e tinha de trabalhar.
Resolveu deixar a criança com a raposa.
Os aldeões quando souberam ficaram incrédulos, como poderia deixar o filho com um animal selvagem?
Ele sorria e acalmava as pessoas dizendo que a raposa já estava com ele há muitos anos e nunca tinha atacado ninguém.
Mesmo assim, eles avisavam:
- Um dia a raposa vai sentir fome e se não tiver mais nada para comer ela mata o teu filho!
Ele respondia:
- A minha raposa faz parte da família, nunca faria mal ao meu filho!
E os dias foram passando, o lenhador saia de manhã e voltava de tarde e lá estavam os dois, filho sorridente e a raposa à sua espera na porta.
A população cada vez que ele aparecia na aldeia perguntava:
- Então, já te desfizeste da raposa? É melhor ser já, olha que um dia ela vai sentir fome e depois vais te arrepender.
Numa tarde igual a muitas outras o lenhador voltou para casa e quando chegou deparou-se com um cenário horrendo!
Estava a raposa sentada na porta coberta de sangue, quase com uns olhos sorridentes e a abanar a cauda.
O lenhador assustado com aquela visão, agarrou na espingarda e matou-a, de seguida correu para o quarto do filho…
Lá estava ele a dormir tranquilamente… ao lado estava uma cobra morta…!
Que lição tirar?
Talvez devêssemos dar mais “ouvidos” à nossa intuição, ao nosso coração!
Talvez o que os outros pensam ou acham dos nossos amigos não deveria ser importante…
Uma historia triste?
Até é… estamos numa boa época para reflectir!
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
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18 comentários:
É complicado, uma vez que aqui o coração cegou a razão. Ou terá sido a razão que cegou o coração? Um Feliz Natal para ti, com uma beijoca!
Por vezes sinto-me uma raposa..
Por vezes um lenhador.
Por uma vez gostava de voltar a sentir-me a criança, dormindo e sendo velada.
Beijo.
RAFEIRO... talvez um impulso irracioanl?
afinal quem era humano e quem seria selvagem?
Tudo de bom neste Natal:)
beijoca
VOYEUR... se fores tu proprio e agires conforme o que sentes e és, serás a raposa..
Se não confiares, ou confiares desconfiando, ai serás o lenhador ( nos dias de hoje é o que mais acontece)
Não existe ninguém que não goste de um abraço protector, de receber um carinho, de ouvir " eu estou aqui"
Beijo
« Só o amor é real »
Um tal Brian Weiss lembrou-se de dizer esta tolice.
Voyeur... frase tão pequena com tão grande significado :)
e Brian Weiss... ;)
Descobri o novo refugio do voyeur. rsrsrs Como sempre tem bom gosto. Excelente post, excelente.
CIRCE... Bem vinda (mais uma prenda do pai natal :))
volte sempre :)
Boas Festas :)
Comentar demais?
Claro que não.
A única critica a fazer-te é não me tratares por tu.
Quanto ás minhas "prioridades", não consigo viver sem elas. Nada tem a ver com guerras psicológicas, vontade de magoar, nada. Isso não existe. Tenho apenas a certeza de que eles são a minha razão de vida e que precisam da minha presença constante, como eu preciso da deles.
Gracias
A história é fantástica e uma grande lição de vida.
helder... bem vindo.
o comentar seria comentar o que só a TI te diz respeito, ao que sentes, ao que vives,dei por mim a pensar que estava a meter-me onde não devia... assunto delicado.
Volta sempre, com ou sem sorriso,mas não te feches em ti nem para o mundo, ok?
não agradeças, apenas vive :)
Então não havia de confiar? Pior uma mulher despeitada, lembrem-se da velhinha Medeia que não hesitou em matar os filhos ao sentir-se preterida
Serrano... estás amargo?
Não acreditas em niguem sem ser em ti proprio?
Ou é espirito de Natal mas com sentimento oposto?
Sorri Homem, existe sempre excepção :)
Bom Natal para ti :)
beijo
Eu acho que a opinião os outros deve sempre ser tida em conta. Resulta de o contacto distante e, por isso, mais racional com a situação em apreço... É claro que a minha opinião é feia e a história é bonita. Mas, por vezes, a vida é assim. (ATENÇÂO: Eu acredito em excepções)
LUIS... Claro que todas as opiniões, são válidas e aceites, caso contrario não colocaria a caixa de comentários aberta a todos :))
Mas daí a deixar-se levar por opiniões, ideias, crenças, politiquices.. ect e tal é bem diferente, certo?
Existem muitas excepções :)
Obrigada pela visita.
Desejo um Feliz Natal :)
Tens razão, estamos numa época para reflectir.
Não foi o instinto, ou a intuição, ou o que queiramos chamar-lhe, que fez o lenhador agarrar na espingarda e matar a raposa.
Foi a sua mente, cheia dos avisos insistentes da população, que veio ao de cima, e confundiu o lenhador. Sobrepôs-se, instantaneamente, à sua verdade interior, à sua certeza, ao seu "lado" espiritual.
A confiança "abanou" um pouco e o lenhador deixou de ser, naquele momento ilusório, o homem que sentia a vida para além da forma...
É uma história triste, mas contém uma mensagem de fé e de força interior. Uma lição para a vida, afinal!...
AMARAL... Agradavel surpresa :)
Seria esse o objectivo... uma lição a tirar depois de reflectir.
A fé e a força foram poucas no momento crucial...
As opessoas são paulatinamente envenenadas em suas convicções, uma espécie de lavagem cerebral...
eu me lembro de uma história em que veteranos ex-alunos de uma turma se reuniram para jantar. Só um único deles não havia conhecido a fama e a fortuna. Via-se pelas roupas modestas e jeito abatido do moço.
Um dos presentes tirou do colete duas moedas de ouro, e passou-as orgulhoso pela mesa, de mão em mão.
Voltou apenas uma moeda. Procura daqui, procura dali, nada. Então, todos se voltaram para o pobretão, que foi obrifgado a se deixar revistar. Nada! Mas a suspeita continuou, a festa acabou....dois meses depois o moço se suicidou, do alto de uma ponte. Aquilo reforçou as convicções gerais...
Pouco tempo depois uma reforma na velha estalagem e um operário achou, nas frestas das táboas do chão, uma linda moeda de ouro.
TENHAM TODOS, EM 2007, UM FELIZ ANO INTEIRO DE NATAL EM SEUS CORAÇÔES.
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