Aprendam...
Conto, aliás, uma história que ouvi recentemente.
Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas algures numa das colinas de Lisboa que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela.
Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema.
Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à CML, solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita cuja janela.
Passado alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora: invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão do proprietário de fechar a dita cuja janela.
E assim, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela! [....]
Nicolau Santos, in "Expresso online" [...]
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
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11 comentários:
Os portugueses são único para o bem e para o mal. E em matéria de desenrascanço não há como eles (nós). Por isso é que nos outros países gostam dos emigrantes portugueses. Por exemplo, numa fábrica alemã quando uma máquina pára os opera´rios alemães cruzam os braços e ficam à espera que chegue a assistência técnica. No entanto, os operários portugueses vão lá ver o que se passa, abrem, mexem, dão um jeito e a coisa fica a trabalhar. Isto é verdade e é muito comum nas multinacionais em Portugal, também!
Beijinhos!!!!!
E eu estou com ele.
Se a merda da burocracia, como ficou provado, serve apenas para atestar a capacidade de quem tem obrigação de nos governar...
Desenrasquemo-nos!
Parece piada!
Fiquei tão pasmo que perdi-me no raciocínio!
Que pena o "nacional desenrascanço" não fomentar o desenvolvimento deste "rectangulo à beira-mar plantado".
Acaba até por ser uma relação de amor/ódio.
Um beijo para a "postadora"
Alexandre, tens razão, isto deve estar nos genes lusitanos :)
Eu desenrasco-me sempre, e nem fui à tropa heheheh
beijoca
Angel, infelizmente é cada um por si...
Até parece fácil trocar-lhes os olhos :)
beijinho amigo
Thiago, torna a ler, que com o tempo aprendes e passas palavra ai no Brasil, pode ser que resulte :D
beijo Luso
Anónimo, há que aprender com os erros ou com os desenrascanços alheios, pena ser assim...
Mas mesmo assim adoro este rectangulo à beira mar plantado :)
Beijo anónimo
Já conhecia este belo exemplo... pena que continuem a existir, mas é desta massa que somos feitos, sei lá!
Enquanto a malta for dando a volta ao texto, a coisa nem fica tão má, bera mesmo é quando nos perdemos nos meandros da burocracia e não vemos saída.
Beijos da gata
Ah pois é! Lindo! :p
Uma beijoquinha pa ti!
Li alguns posts do teu blog e achei-o muito agradavel e refrescante.
Vou voltar em breve e ler o resto.
Beijo
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