quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Vocês confiavam...?

Um jovem lenhador vivia na orla de um bosque, a esposa tinha falecido ao dar à luz, agora ele esta sozinho com o seu filho de tenra idade e uma raposa que tinha encontrado no bosque, e que tinha adoptado ainda era uma cria, a sua mãe tinha sido morta por caçadores.

Tinha chegado o Outono era altura para ir cortar a lenha para fornecer a Aldeia, mas não tinha ninguém para tomar conta do seu filho, e tinha de trabalhar.

Resolveu deixar a criança com a raposa.

Os aldeões quando souberam ficaram incrédulos, como poderia deixar o filho com um animal selvagem?
Ele sorria e acalmava as pessoas dizendo que a raposa já estava com ele há muitos anos e nunca tinha atacado ninguém.
Mesmo assim, eles avisavam:
- Um dia a raposa vai sentir fome e se não tiver mais nada para comer ela mata o teu filho!
Ele respondia:
- A minha raposa faz parte da família, nunca faria mal ao meu filho!
E os dias foram passando, o lenhador saia de manhã e voltava de tarde e lá estavam os dois, filho sorridente e a raposa à sua espera na porta.
A população cada vez que ele aparecia na aldeia perguntava:
- Então, já te desfizeste da raposa? É melhor ser já, olha que um dia ela vai sentir fome e depois vais te arrepender.
Numa tarde igual a muitas outras o lenhador voltou para casa e quando chegou deparou-se com um cenário horrendo!
Estava a raposa sentada na porta coberta de sangue, quase com uns olhos sorridentes e a abanar a cauda.
O lenhador assustado com aquela visão, agarrou na espingarda e matou-a, de seguida correu para o quarto do filho…
Lá estava ele a dormir tranquilamente… ao lado estava uma cobra morta…!

Que lição tirar?
Talvez devêssemos dar mais “ouvidos” à nossa intuição, ao nosso coração!
Talvez o que os outros pensam ou acham dos nossos amigos não deveria ser importante…

Uma historia triste?
Até é… estamos numa boa época para reflectir!

18 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

É complicado, uma vez que aqui o coração cegou a razão. Ou terá sido a razão que cegou o coração? Um Feliz Natal para ti, com uma beijoca!

Etienne disse...

Por vezes sinto-me uma raposa..

Por vezes um lenhador.

Por uma vez gostava de voltar a sentir-me a criança, dormindo e sendo velada.

Beijo.

Ao Luar disse...

RAFEIRO... talvez um impulso irracioanl?
afinal quem era humano e quem seria selvagem?
Tudo de bom neste Natal:)
beijoca

Ao Luar disse...

VOYEUR... se fores tu proprio e agires conforme o que sentes e és, serás a raposa..
Se não confiares, ou confiares desconfiando, ai serás o lenhador ( nos dias de hoje é o que mais acontece)
Não existe ninguém que não goste de um abraço protector, de receber um carinho, de ouvir " eu estou aqui"
Beijo

Etienne disse...

« Só o amor é real »

Um tal Brian Weiss lembrou-se de dizer esta tolice.

Ao Luar disse...

Voyeur... frase tão pequena com tão grande significado :)
e Brian Weiss... ;)

Circe disse...

Descobri o novo refugio do voyeur. rsrsrs Como sempre tem bom gosto. Excelente post, excelente.

Ao Luar disse...

CIRCE... Bem vinda (mais uma prenda do pai natal :))
volte sempre :)
Boas Festas :)

Anónimo disse...

Comentar demais?
Claro que não.
A única critica a fazer-te é não me tratares por tu.
Quanto ás minhas "prioridades", não consigo viver sem elas. Nada tem a ver com guerras psicológicas, vontade de magoar, nada. Isso não existe. Tenho apenas a certeza de que eles são a minha razão de vida e que precisam da minha presença constante, como eu preciso da deles.
Gracias

Anónimo disse...

A história é fantástica e uma grande lição de vida.

Ao Luar disse...

helder... bem vindo.
o comentar seria comentar o que só a TI te diz respeito, ao que sentes, ao que vives,dei por mim a pensar que estava a meter-me onde não devia... assunto delicado.
Volta sempre, com ou sem sorriso,mas não te feches em ti nem para o mundo, ok?
não agradeças, apenas vive :)

Unknown disse...

Então não havia de confiar? Pior uma mulher despeitada, lembrem-se da velhinha Medeia que não hesitou em matar os filhos ao sentir-se preterida

Ao Luar disse...

Serrano... estás amargo?
Não acreditas em niguem sem ser em ti proprio?
Ou é espirito de Natal mas com sentimento oposto?
Sorri Homem, existe sempre excepção :)
Bom Natal para ti :)
beijo

Luís disse...

Eu acho que a opinião os outros deve sempre ser tida em conta. Resulta de o contacto distante e, por isso, mais racional com a situação em apreço... É claro que a minha opinião é feia e a história é bonita. Mas, por vezes, a vida é assim. (ATENÇÂO: Eu acredito em excepções)

Ao Luar disse...

LUIS... Claro que todas as opiniões, são válidas e aceites, caso contrario não colocaria a caixa de comentários aberta a todos :))
Mas daí a deixar-se levar por opiniões, ideias, crenças, politiquices.. ect e tal é bem diferente, certo?
Existem muitas excepções :)
Obrigada pela visita.
Desejo um Feliz Natal :)

Amaral disse...

Tens razão, estamos numa época para reflectir.
Não foi o instinto, ou a intuição, ou o que queiramos chamar-lhe, que fez o lenhador agarrar na espingarda e matar a raposa.
Foi a sua mente, cheia dos avisos insistentes da população, que veio ao de cima, e confundiu o lenhador. Sobrepôs-se, instantaneamente, à sua verdade interior, à sua certeza, ao seu "lado" espiritual.
A confiança "abanou" um pouco e o lenhador deixou de ser, naquele momento ilusório, o homem que sentia a vida para além da forma...
É uma história triste, mas contém uma mensagem de fé e de força interior. Uma lição para a vida, afinal!...

Ao Luar disse...

AMARAL... Agradavel surpresa :)
Seria esse o objectivo... uma lição a tirar depois de reflectir.
A fé e a força foram poucas no momento crucial...

Anónimo disse...

As opessoas são paulatinamente envenenadas em suas convicções, uma espécie de lavagem cerebral...
eu me lembro de uma história em que veteranos ex-alunos de uma turma se reuniram para jantar. Só um único deles não havia conhecido a fama e a fortuna. Via-se pelas roupas modestas e jeito abatido do moço.
Um dos presentes tirou do colete duas moedas de ouro, e passou-as orgulhoso pela mesa, de mão em mão.
Voltou apenas uma moeda. Procura daqui, procura dali, nada. Então, todos se voltaram para o pobretão, que foi obrifgado a se deixar revistar. Nada! Mas a suspeita continuou, a festa acabou....dois meses depois o moço se suicidou, do alto de uma ponte. Aquilo reforçou as convicções gerais...
Pouco tempo depois uma reforma na velha estalagem e um operário achou, nas frestas das táboas do chão, uma linda moeda de ouro.
TENHAM TODOS, EM 2007, UM FELIZ ANO INTEIRO DE NATAL EM SEUS CORAÇÔES.